De Parati para o mundo
O navegador brasileiro Amyr Klink escolheu os oceanos do planeta para escrever a sua história. As viagens, muitas vezes solitárias, terminam no abraço acolhedor de sua mulher e três filhas.
“Pelas janelas de um barco faz-se o mundo passar. Que me desculpem os entendidos com seus rigores técnicos e nomes precisos – mais do que escotilhas, gaiútas ou vigias, o meu barco tem porta e janelas. Sete, grandes e claras, por onde, trabalhando as velas e juntando milhas, fiz passar as latitudes e paisagens que procurei. E uma porta, por onde passei mais vezes do que sei. Sete janelas, uma para cada mar, voltadas para os lados e para a frente, que transformaram distâncias em tempo, fizeram do desconhecido o seu porto e, ao final, não se fecharam em porto nenhum. Vinte e dois meses viajando no Paratii, atravessando nos alísios, as areias do Saara ou marcando de gelo o alumínio do costado, descobri que apenas para isso serve um barco. Para não viver em portos, e navegar. Para fazer passar por suas janelas o mundo, e um dia voltar”.
Amyr Klink, trecho do livro As Janelas do Paratii.
27.4.06
21.4.06
17.4.06
11.4.06
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